A minha relação com os anime
A minha experiencia assistindo Animes da tv tupi , sbt e Manchete.
A Minha Relação com os Animes: Uma Jornada Desde os Anos 70
Sou Irio de Jesus Silveira, e minha relação com os animes começou ainda na infância, nos anos 70. Naquela época, eu não fazia ideia de que existia uma diferença entre animes e cartoons. Para mim, tudo era apenas “desenho animado”. Foi pela TV Tupi que tive meu primeiro contato com essas histórias fascinantes, e desde então, os animes se tornaram uma paixão que carrego até hoje, atravessando décadas.
O Começo de Tudo: Os Anos 70 na TV Tupi
A TV Tupi foi minha primeira janela para o universo dos animes, mesmo que, naquela época, eu não soubesse que aqueles “desenhos japoneses” tinham um nome específico. Entre os títulos que mais marcaram minha infância estavam “Speed Racer” (Mach GoGoGo), uma série sobre corridas emocionantes e o piloto Speed; e “Oitavo Homem” (8-Man), uma história sobre um robô justiceiro que combatia o crime com suas habilidades futuristas.
Havia algo de especial nesses desenhos que os diferenciava dos cartoons americanos. As histórias pareciam mais sérias, os personagens eram mais profundos, e os temas abordavam questões mais maduras, como coragem, sacrifício e responsabilidade. Apesar de não entender tudo isso na época, eu era completamente absorvido por essas aventuras.
Os Anos 80 e o Impacto do SBT e Manchete
Nos anos 80, minha paixão por animes continuou a crescer, graças ao SBT e tv Manchete, que trouxe novas produções japonesas para a televisão brasileira. Entre os animes que marcaram minha vida nesse período, destaco:
- “Os Cavaleiros do Zodíaco” (Saint Seiya) – Embora tenha ficado mais famoso nos anos 90, sua introdução no Brasil foi um marco. A saga dos cavaleiros de bronze lutando por Atena tinha uma narrativa épica e cativante.
- “Zillion” – Uma série de ficção científica repleta de ação, com protagonistas que usavam armas futuristas para combater invasores alienígenas.
- “Dom Drácula” (Don Dracula) – Um anime com um tom mais cômico, que mostrava as desventuras de um atrapalhado Conde Drácula no Japão.
Esses animes eram exibidos lado a lado com desenhos americanos, como He-Man e Thundercats, mas foi nos animes que eu encontrava narrativas mais intensas e emocionantes.
Patrulha Estelar: O Anime que Mudou Minha Vida
De todos os animes que assisti ao longo da vida, “Patrulha Estelar” (Uchuu Senkan Yamato) foi o que mais me marcou. Ele estreou na TV Tupi e se destacou entre todas as outras produções da época. A trama girava em torno da nave Yamato, uma espaçonave construída a partir dos destroços de um antigo navio de guerra. Com uma missão vital para salvar a Terra, a Yamato e sua tripulação precisavam buscar um dispositivo em outro planeta que pudesse reverter a radiação que estava destruindo nosso mundo.
O que mais me fascinava nesse anime era a mistura de ficção científica com drama humano. A tripulação enfrentava não apenas batalhas espaciais, mas também dilemas éticos e emocionais profundos. Cada episódio trazia uma nova tensão e deixava lições sobre coragem, sacrifício e esperança.
Lembro-me de como ficava ansioso para o próximo episódio. A música tema, épica e emocionante, ainda ecoa na minha memória. “Patrulha Estelar” foi meu primeiro grande amor no mundo dos animes, e até hoje, nenhuma outra produção conseguiu mexer tanto comigo.
A Evolução do Meu Olhar sobre os Animes
Com o passar dos anos, fui aprendendo a diferenciar os estilos e características dos animes. Descobri que eles não eram apenas “desenhos”, mas uma forma de arte que abordava temas diversos e universais. Nos anos 90, com o boom dos animes no Brasil, mergulhei ainda mais nesse universo, assistindo títulos como Dragon Ball, Yu Yu Hakusho, e, claro, o já mencionado Cavaleiros do Zodíaco.
Hoje, continuo acompanhando animes, e fico impressionado com a evolução da animação japonesa. Séries como Attack on Titan e Demon Slayer mostram o quanto o gênero amadureceu, mantendo a capacidade de emocionar e surpreender.
Uma Paixão Sem Fim
Minha relação com os animes é algo que transcende o entretenimento. Cada título que assisto traz uma conexão com minha infância e com os momentos mágicos em frente à TV. Para mim, os animes representam um refúgio criativo, um lugar onde posso explorar mundos fantásticos, me emocionar com histórias incríveis e, ao mesmo tempo, aprender sobre a condição humana.
Se hoje tenho essa visão ampla e apaixonada sobre os animes, é graças à TV Tupi, ao SBT e, claro, à Patrulha Estelar, que foi minha porta de entrada para esse universo fascinante. Continuarei assistindo, descobrindo novas histórias e celebrando essa paixão que me acompanha há mais de cinco décadas.
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