Como se realiza a cerimônia do chá no Japão
De forma clara e objetiva, o texto descreve como os japoneses realizam a cerimônia do chá dentro da tradição conhecida como tchá-no-yu. Nesse ritual, os praticantes priorizam a simplicidade do ambiente, utilizam utensílios específicos e seguem rigorosamente a etiqueta. O anfitrião prepara o espaço de modo minimalista, geralmente composto por quatro tatamis e meio. No tokonomá, ele coloca um pergaminho ou objeto para contemplação silenciosa, reforçando o espírito de respeito e serenidade.
Tipos de funções
Na cerimônia do chá no Japão, o anfitrião define funções específicas para cada tatami. Ele utiliza o temae-datami para preparar o chá, reserva o kinin-datami para os convidados de honra e acomoda os demais no kyaku-datami. Os participantes acessam a sala por portas de tamanho reduzido, como a nidjiri-guchi. Ao entrar curvados por essa passagem, eles abandonam simbolicamente o orgulho e assumem uma postura de humildade.
Os utensílios
Os praticantes utilizam utensílios tradicionais que compõem o conjunto indispensável da prática. Eles servem o chá na tigela chawan, misturam a bebida com o batedor de bambu chasen e dosam o pó de matchá com a colher chashaku. O anfitrião aquece a água no caldeirão de ferro kama e a transfere com a concha hishaku.
O anfitrião prepara o chá com precisão: ele coloca o matchá na tigela, verte a água quente e bate a mistura até formar espuma leve. Ele realiza o serviço com reverência e silêncio. Durante o consumo, os convidados giram a tigela para evitar beber pela frente, tomam o chá em três goles e, ao final, limpam a borda antes de devolvê-la ao anfitrião.
Dessa forma, o anfitrião e os convidados conduzem a cerimônia do chá no Japão como um ato de respeito, contemplação e harmonia.
Resumo
- É usada uma sala simples com quatro tatamis e meio.
- São definidos anfitrião, convidados e local de preparo.
- São empregados utensílios tradicionais de bambu e cerâmica.
- É preparado matchá com água quente e batedor de bambu.
- É servido o chá com gestos regrados e silenciosos.
- É seguida etiqueta para beber, limpar e devolver a tigela.
Ambiente
É escolhida uma sala pequena, simples e silenciosa, geralmente com cerca de três metros quadrados. O espírito de wabi é priorizado.
É usada a porta baixa nidjiri-guchi pelos convidados, o que convida à humildade. A entrada sado-guchi é reservada ao anfitrião.
Disposição dos tatamis
É separado o temae-datami para preparo. É reservado o kinin-datami aos convidados de honra. É destinado o kyaku-datami aos demais convidados.
Tokonomá
É colocado um kakedjiku no tokonomá para contemplação silenciosa, reforçando o clima de respeito.
Utensílios
hawan: os praticantes utilizam como tigela para servir.
Chasen: eles empregam como batedor de bambu.
Chashaku: eles usam como colher para dosar o matchá.
Natsume: eles utilizam para guardar o chá verde.
Kama: o anfitrião aquece a água no caldeirão.
Hishaku: ele manuseia a concha para verter a água.
Futaoki: os praticantes usam como apoio de tampa.
Preparo do matchá
- É dosado o matchá no chawan com o chashaku.
- É vertida água quente na medida adequada.
- É batido o chá com o chasen até formar espuma fina.
Serviço
É feita uma reverência antes do serviço. A tigela é apresentada de modo correto, preservando-se silêncio e atenção.
Etiqueta ao beber
- É girada a tigela para não beber pela frente.
- O chá é bebido em três goles.
- É limpa a borda usada e a tigela é devolvida ao anfitrião.
Variações de escola
É adotado um estilo conforme a escola. Ura-Senké, Omoté-Senké e outras correntes são reconhecidas, com pequenas variações de protocolo.
Etiqueta
É cultivada a simplicidade, a humildade e a atenção plena. O encontro é mediado pelo chá, e o respeito mútuo é preservado do início ao fim da cerimônia do chá no Japão.