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Game of Thrones e a Humanidade Perdida

Game of Thrones e a Humanidade Perdida

Game of Thrones e a Humanidade Perdida

Game of Thrones e a Humanidade Perdida
Game of Thrones e a Humanidade Perdida

Brasileiros Gostam de Tiranos? Uma Reflexão a Partir de Game of Thrones

Game of Thrones e a Humanidade Perdida

Recentemente, ao assistir alguns vídeos no Facebook, me deparei com uma cena impactante de Game of Thrones, logo após a famosa Batalha dos Bastardos. Nela, Daenerys Targaryen, vitoriosa, encontra Jaime Lannister e Bronn como prisioneiros. A captura de Jaime, em particular, é um grande golpe para Cersei Lannister, dado o simbolismo de sua rendição.

No entanto, mesmo diante da derrota, Jaime e Bronn recusam-se a se ajoelhar para Daenerys. Ambos mantêm suas lealdades e honram seus princípios. Sentindo-se traída e em busca de consolidar seu poder, Daenerys decide condená-los à morte. Tyrion, seu irmão e conselheiro, tenta interceder, mas a rainha, movida pela raiva e pela necessidade de demonstrar força, ordena que ambos sejam queimados vivos pelo seu dragão.

A Preferência por Tiranos

O que mais me surpreendeu não foi a cena em si – afinal, trata-se de uma série de ficção – mas sim os comentários nos vídeos. Muitos apoiavam Daenerys e criticavam Tyrion por tentar poupar as vidas dos dois guerreiros. Essa reação me fez questionar: será que os brasileiros realmente gostam de tiranos?

A Crise e o Fascínio pelo Autoritarismo

Esse tipo de resposta não é incomum. Em momentos de crise, como o que vivemos no Brasil, o apelo por figuras autoritárias parece crescer. Há uma fascinação quase inconsciente por líderes que demonstram poder absoluto, ignorando o diálogo e a empatia. Essa tendência pode ser uma das razões pelas quais enfrentamos tantos desafios políticos e sociais.

Seria o desejo por uma “mão de ferro” a verdadeira raiz dos nossos problemas? Afinal, na ficção ou na realidade, a tirania sempre cobra um preço alto.

A Queda dos Tiranos Segundo a Filosofia

A história nos ensina que o destino dos tiranos é sempre trágico. O filósofo italiano Nicolau Maquiavel, em O Príncipe, afirma que “o governante que se apoia exclusivamente no poder da força acaba por ser destruído por ela”. Em outras palavras, quanto maior a crueldade e a opressão de um tirano, mais alta será sua queda. Governar com base no medo e na violência pode até garantir o controle temporário, mas inevitavelmente, o povo se volta contra seus opressores. No fim, a tirania leva ao caos e à destruição, tanto para o tirano quanto para aqueles que o seguem cegamente.

 

rio de Jesus Silveira é um profissional de tecnologia da informação (TI) com uma paixão por tecnologia e educação. Ele se formou em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2003 e possui pós-graduação em Docência da Educação pela Universidade Gama Filho (UGB)1. Além disso, ele é o proprietário da empresa DUSITE, que se dedica à reparação e manutenção de computadores e equipamentos periféricos