Japonesas não querem brasileiros?
Japonesas não querem brasileiros?
Recentemente, assisti a um vídeo no YouTube que abordava a polêmica questão: “Japonesas não querem brasileiros?”. Como alguém que já teve várias experiências de relacionamento com japonesas, senti a necessidade de compartilhar meu ponto de vista.
A imagem do Brasil no Japão
Não é segredo que a imagem do Brasil no Japão é frequentemente associada a estereótipos negativos, como a violência e a falta de estabilidade. Essa percepção, reforçada pela mídia, pode influenciar como as japonesas enxergam os brasileiros, especialmente em um contexto amoroso.
Eu mesmo já passei por situações desconfortáveis onde a imagem do Brasil parecia pesar contra mim. Uma vez, enquanto esperava na farmácia de um hospital, notei como as pessoas ao redor reagiam a uma notícia sobre crimes no Brasil exibida na televisão. É esse tipo de estereótipo que molda muitas opiniões.
Preferência por americanos e europeus
Durante meus anos no Japão, percebi que algumas japonesas realmente preferem americanos e europeus. Muitos acreditam que esses homens oferecem maior estabilidade financeira e um status social mais elevado. Esse pensamento, embora nem sempre seja verdade, está enraizado na ideia de que países ocidentais são mais desenvolvidos e seguros.
Além disso, há a questão do status social. Para algumas japonesas, estar em um relacionamento com um americano ou europeu é visto como um símbolo de prestígio. Já ouvi histórias de mulheres que contavam com orgulho para amigos e familiares sobre seus parceiros estrangeiros, principalmente se fossem desses lugares. É algo que, de certa forma, pode influenciar suas escolhas.
Experiências pessoais com japonesas
Apesar disso, nem todas as japonesas pensam dessa forma. Tive relacionamentos com mulheres japonesas que admiravam o jeito descontraído e caloroso dos brasileiros. Algumas até apreciavam a espontaneidade que trazemos para o dia a dia. No entanto, esses traços também podem ser vistos como “intensidade excessiva” em um contexto cultural onde o respeito ao espaço alheio é essencial.
Por exemplo, enquanto no Brasil é comum abraçar ou demonstrar carinho em público, isso pode ser visto como inadequado no Japão. Um beijo no primeiro encontro, algo comum para nós, é quase impensável lá. Esse choque cultural foi algo que precisei aprender a equilibrar para não parecer desrespeitoso.
A decisão de preferir tailandesas
Nos últimos anos, tenho me sentido mais à vontade em relacionamentos com tailandesas. A cultura tailandesa, na minha experiência, é muito mais receptiva e aberta em relação aos estrangeiros. As tailandesas são geralmente mais calorosas e respeitosas, e a barreira cultural parece menos rígida do que com as japonesas.
Essa preferência não significa que eu desvalorize as japonesas. Cada cultura tem suas peculiaridades, mas as tailandesas têm se mostrado mais alinhadas com minha forma de viver e me relacionar.
O que aprendi sobre os relacionamentos no Japão
Entender as diferenças culturais foi essencial para melhorar minhas interações no Japão. Aprendi que respeitar o tempo e o espaço da outra pessoa é fundamental. Tentar se moldar completamente à cultura japonesa também não é o caminho. Autenticidade, quando equilibrada com respeito, é muito mais atraente.
Além disso, o idioma desempenha um papel crucial. Saber japonês não só ajuda na comunicação, mas também demonstra esforço e interesse genuíno pela cultura. Isso, sem dúvida, aumenta as chances de sucesso em qualquer relacionamento por lá.
Será que as Japonesas não querem brasileiros?
Dizer que “japonesas não querem brasileiros” é uma generalização, mas não totalmente sem fundamento. Existem barreiras culturais e percepções que podem dificultar esses relacionamentos. No entanto, com paciência, respeito e autenticidade, é possível construir conexões significativas.
Para mim, explorar outras culturas, como a tailandesa, tem sido uma experiência mais alinhada aos meus valores e expectativas. Cada um deve buscar o que faz mais sentido para si, sempre com respeito às diferenças culturais.